9 de ago. de 2010

SER CRIANÇA

De manhã cedo muito carinhosamente o vou acordar, depressa os seus olhos, meio fechados, ainda um pouco ensonados, formam um olhar intenso, ficando enormes com o seu sorriso. É logo neste primeiro momento do dia que descubro algo de muito valioso que uma criança pode ensinar a um adulto, estar feliz e contente sem precisar de um grande motivo. Os pais que de manhã encontra e o dia que lhe espera é razão suficiente e bastante para sorrir, enquanto nós adultos estamos quase sempre a procurar a felicidade em grandes coisas e momentos.



Depressa se ocupa de alguma coisa, vai beber o leite, aproveita para brincar, para falar e logo aprendo outra coisa importante de uma criança, estar sempre ocupado com alguma coisa, ensinando-nos que é em vão que perdemos tempo com coisas inúteis e preocupações excessivas.



Depois, para a escola toca a andar, olho-o tão pequeno - é ainda o meu Bebé, olho aquele “Bebé” de mochila às costas, quase tão grande como ele, mas mais uma vez ele me ensina uma nova coisa, que podemos desempenhar por gosto todas as nossas tarefas diárias, ainda que não façamos o que gostaríamos mais de fazer na vida. E, lá vai ele com uma grande expressão de felicidade.



Quando o deixo na escola, ainda mal começou o dia, e eu por longas oito horas “perco” aquela criança - o meu Bebé. Quais as suas sensações nas novas descobertas? Da leitura, da pintura, da magia dos números? Quais as suas brincadeiras, as suas emoções?... Quando a escola Primária acaba vai para o ATL, o que aprende pela primeira vez? O que sentirá nas tarefas de expressão artística e física? As brincadeiras e os contactos com os seus amigos?... Todo um mundo a descobrir em cada segundo e eu tão longe, durante oito horas, não posso, nesses instantes, olhar aqueles olhos grandes e expressivos, o meu bebé cresce, cresce com os outros.



De regresso a casa, umas vezes cansado, outras cheio de energia e de novidades para contar, estuda, brinca, vê televisão e após o jantar rende-se ao cansaço. Por vezes, levo-o para cama nos meus braços – mesmo que seja por pouco, por muito pouco, ele torna a ser o meu “Bebé” de novo, vai dormir para encarar da mesma forma e com a mesma vontade e alegria desse dia, mais um dia que irá começar. Nessa noite sonhará sonhos que o mundo jamais conseguirá entender.



É então que penso que ele um dia será um jovem, depois um adulto como eu e que todos os adultos e amigos que o rodeiam nestas horas são tão importante na sua vida e formação como os seus pais, pois estão com eles, às vezes, mais tempo do que os próprios pais.



Todos nós estamos a fazer crescer estas crianças, como pássaros no ninho, que precisam dos pais, dos professores e dos auxiliares de educação e do seu tempo livre e amigos para que eles possam criar asas neste ninho e um dia possam voar livres, para a construção de um mundo mais admirável.



Todos os dias levantamo-nos com a certeza que o sol brilhará, mesmo nos dias mais cinzentos, por entre as nuvens, ele brilhará e dará luz a nossa vida, imaginar um mundo sem uma criança, seria como acordar um dia sem que existisse o sol para iluminar a nossa vida, por isso temos que olhar, compreender e ouvir os nossas filhos, dar-lhes toda a atenção. Em suma, se sentir-mos a criança que cada um tem dentro de nós, já mais a nossa vida deixará de brilhar, se um dia perdermos o contacto com essa criança, perderemos o contacto com a vida, com os nossos filhos, com o sol que brilha todos os dias.



Parece que escrevi muito, mas por mais que ainda escrevesse nada conseguiria dizer sobre uma criança. Como certas coisas na vida, as crianças não são para ser explicadas, apenas compreendidas e sentidas, na minha humilde forma de ser, apenas diria que são como um raio de luz que irradia o mundo e as nossas vidas.







SLIDE DE MOTIVAÇÃO

6 de mar. de 2010

Brasil:Pobreza e Desigualdade

Um país tem pobreza quando existe escassez de recursos ou quando, apesar de haver um volume aceitável de riquezas, elas estão mal distribuídas. O Brasil não é um país pobre, e sim um país desigual.

A pobreza existe quando um segmento da população é incapaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna.

Estes recursos são água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania.

Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa o 9º lugar em renda per capita. Mas cai para o 25º lugar quando se fala em proporção de pobres.

Isso coloca o Brasil entre os países de alta renda e alta pobreza. Ao mesmo tempo em que está entre os 10% mais ricos, integra a metade mais pobre dos países em desenvolvimento.

Nosso país é um dos primeiros do mundo em desigualdade social. Aqui, 1% dos mais ricos se apropria do mesmo valor que os 50% mais pobres. A renda de uma pessoa rica é 25 a 30 vezes maior que a de uma pessoa pobre.

Na Suécia, a diferença de renda entre ricos e pobres é de no máximo seis vezes. Nos Estados Unidos e no Uruguai, de dez vezes.


Acabar com a pobreza em país rico com grande proporção de pobres requer recursos financeiros irrisórios. Há no País 56,9 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza e 24,7 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza.

Para se erradicar a extrema pobreza brasileira seria necessário não mais que 1% da renda do País.

Para se erradicar a pobreza seriam precisos 5%.

A renda média brasileira é seis vezes maior que o valor definido como linha de indigência. Ou seja, se a renda brasileira fosse igualmente distribuída, estaria garantido a cada pessoa seis vezes aquilo de que necessita para se alimentar.

Além da distribuição da renda, outro fator de desigualdade é a educação. Uma pessoa com mais anos de estudo ganha cerca de 15 vezes o que ganha uma pessoa sem nenhuma educação.

As crianças vêm de famílias em que os pais apresentam enorme diferença educacional, e esta diferença é transmitida desde o berço.

Parte-se de uma acentuada desigualdade, reproduzida pelo sistema educacional e ampliada por um mercado de trabalho altamente tecnológico.

Por ser tão escassa, a educação é super valorizada no mercado de trabalho. Pequenas diferenças educacionais são transformadas em enormes diferenças de renda.

Quantos pobres tem o Brasil? Conheça os dados que revelam a má distribução de riqueza no Brasil.
Muitas vezes os pais ficam confusos de como educar seus filhos, alguns tem medo do exagero e outros temem pelos filhos crescerem sem limites e não economizam nas broncas, às vezes terminam não prestando a atenção nas palavras e na maneira como dizem certas coisas. E terminam usando expressões confusas, que causam ressentimento e como conseqüência geram traumas nas crianças. E esses traumas são um bom caminho para desencadear depressão infantil, problemas de convívio, comportamentos agressivos, complexo de inferioridade e outros problemas. Por isso, a importância do cuidado com as frases dita as crianças. Baseado em relacionamentos de pais e filhos, o professor e psicólogo da Dickinson University, Charles Schaefer formulou uma lista de frases que jamais deveriam ser ditas as crianças. Dê uma olhada e reflita sobre elas, veja o quanto elas podem traumatizar uma criança e trazer vários problemas futuros. Algumas delas são: “Sacrifico minha vida pessoal para cuidar do meu filho, espero que ele reconheça isto um dia”, “Eu preferiria que você não tivesse nascido”, “Você nunca vai ser nada na vida”, “Estamos nos (os pais) separando por sua causa”, “Por que você não é como seu irmão?”, “Se fizer isso de novo vou chamar a polícia e mandar lhe prender”, “Faço tudo por você e não recebo nada em troca”, “Não acredito que você esteja com medo desse cachorrinho tão manso, é um medroso mesmo!”. Essas são algumas frases ditas muitas vezes sem pensar, em um momento de raiva nem medimos o poder das palavras e assim acabamos magoando a pessoa mais importante na vida de um pai. Causando traumas para o resto da vida.
Algumas crianças com problemas de aprendizagem, portam-se mal na escola porque preferem que achem que são “maus” do que “estúpidos”. Em 1983, a American Bar Association sinalizou que existe um vínculo inequívoco entre os problemas de aprendizagem não diagnosticados a tempo, e a deliquência juvenil.

Tratamento dos problemas na aprendizagem

Os psiquiatras de crianças e adolescentes indicam que os problemas de aprendizagem podem ser tratados. Tais problemas merecem uma avaliação compreensiva de um especialista que possa analisar todos os diferentes fatores que afetam a criança. Um psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar a coordenar a avaliação e as provas na escola, e assim clarificar se existe um problema de aprendizagem.